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Queremos prender, não tirar vida, diz governador da Bahia após 31 mortes pela polícia

Jerônimo Rodrigues (PT) se classificou como um "governador dos direitos humanos" e disse que vai fiscalizar as polícias

Queremos prender, não tirar vida, diz governador da Bahia após 31 mortes pela polícia
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"Nós queremos prender [os suspeitos de crimes], a ordem nossa não é tirar a vida de ninguém [...] Nós vamos cuidar da polícia, vamos cuidar da segurança pública em seu conceito mais amplo que é o de direitos humanos", afirmou em entrevista à imprensa o governador.

Jerônimo e policiais fardados mostram chaves das viaturas

Governador Jerônimo Rodrigues (de terno) entrega novas viaturas à Polícia Militar em Salvador - Rafael Martins / GOVBA

Jerônimo Rodrigues ainda classificou a si mesmo como um "governador dos direitos humanos" e citou a sua ascendência negra e indígena para afirmar não deixará de fiscalizar possíveis abusos da polícia.

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"A gente não abre mão do lugar da gente. Eu, enquanto um governador dos direitos humanos, um governador negro, índio, eu não posso abrir mão do lugar de fiscal. Não é só na condição de governador, é na condição que eu trouxe e trago na minha história", declarou.

 

Jerônimo disse que conversou com o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, e com a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, sobre os episódios de violência policial na Bahia.

Afirmou que não tem problemas em receber críticas quando estas "acontecem de forma construtiva" e disse reconhecer o papel dos ministros em cobrar o governo da Bahia em casos de violência policial.

A Bahia é estado com maior número absoluto de mortes violentas do Brasil desde 2019. No ano passado, segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o estado teve uma queda de 5,9% no nas ocorrências, saindo de 7.069 casos em 2021 contra 6.659 no ano passado.

No mesmo evento em Salvador, o secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, prometeu implantar câmeras corporais no fardamento dos policiais até o final deste ano.

O governo está com licitação em andamento para a compra dos equipamentos. A empresa vencedora do certame foi desclassificada após irregularidades nos documentos obrigatórios. A segunda colocada no pregão foi convocada e terá a sua documentação avaliada.

Em 27 de julho, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou a doação de câmeras para uniformes de policiais na Bahia.

A Bahia vive uma escalada de casos de violência policial nas últimas semanas. Foram registrados em julho 64 mortes em ações policiais, segundo levantamento do Instituto Fogo Cruzado. O número é recorde desde julho de 2022, quando a entidade começou a monitorar a violência na Bahia.

Em ao menos quatro episódios, foram registradas pelo menos cinco mortes em cada ação policial. Em todos os casos, a Polícia Militar afirmou que houve confrontos com bandidos e que reagiu ao ser recebida com tiros ao entrar em comunidades para apurar denúncias de tráfico de drogas.

Os casos estão sendo investigados pela Polícia Civil. O Ministério Público do Estado da Bahia abriu investigações para apurar as causas e circunstâncias das mortes.

Fonte/Créditos: João Pedro Pitombo/ Folha de SP

Créditos (Imagem de capa): Mãe de Gabriel Silva da Conceição Júnior, 10 anos, morto após atingido por um tiro em meio a uma operação policial, protesta em rodovia em Lauro de Freitas (BA) Paula Fróes/Correio da Bahia

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Ate Blogo

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Ate Blogo

Radialista Jair Bala

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